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OPINIÃO – Notas do mercado imobiliário – 6 a 12 de agosto

 

Por Carlos Alceu Machado*

O fim do boom

Apenas em algumas poucas cidades o ritmo de aumento nos preços e nas vendas de imóveis tem se mantido; na maioria, os negócios se estabilizaram ou diminuíram. Afora isso, os mercados foram inundados por ofertas de imóveis prontos ou em construção, que já não encontram interessados como antigamente. Também muitos investidores, que adquiriram imóveis na planta para revenda futura, concorrem agora com as incorporadoras. Chegou a hora das promoções e dos descontos.

Melhor do que em Portugal

O fim do boom, contudo, não deve trazer nenhuma grande preocupação aos operadores imobiliários – a não ser, é claro, para quem se descuidou nos tempos da euforia. Como o mercado continua firme, estamos longe da situação vivenciada por nossos irmãos portugueses – uns sem crédito para a compra da casa própria e outros sem dinheiro para pagar as prestações dos empréstimos habitacionais obtidos num passado recente.

Até os fundos freiaram

A retração do mercado também provocou grande redução na oferta dos certificados de recebíveis imobiliários (CRI) – títulos que têm lastro em créditos de incorporadoras e são negociados com investidores. Comparando-se o primeiro semestre deste ano com o do ano passado, a diminuição alcançou quase (e impressionantes) cinquenta por cento.

Mais cuidados na compra

Em tempos bicudos, a aquisição de imóvel na planta deve estar cercada de maiores cuidados. Pagar à vista, por exemplo, só se o comprador tiver total confiança na vendedora. Absolutamente indispensável, além disso, que o interessado na compra verifique se a incorporação está registrada no Cartório de Imóveis e se a construtora mantém em dia suas obrigações financeiras.

Necessidade do memorial descritivo

Também, sempre que um imóvel na planta ou em construção for negociado, haverá a necessidade de um memorial descritivo ser apresentado. Isso porque, como a obra ainda não começou ou está inacabada, é esse memorial que fornecerá as especificações de todos os materiais que serão empregados. Somente através dele, o comprador saberá o que está realmente adquirindo.

Endividamento generalizado

Campeões de uso, os cartões de crédito e os telefones celulares são os meios que mais levaram as pessoas a terem seus nomes registrados nos órgãos de proteção ao crédito. E isso acaba também afetando o mercado imobiliário, pois os agentes financeiros não concedem financiamentos àqueles que, embora com renda, estejam “negativados”. Só no primeiro semestre de 2012, houve um aumento de 20% na inadimplência em todo o País, em comparação com 2011.

Arrematando em leitão

Algumas pessoas acreditam que comprar imóvel em leilão judicial é sempre um bom negócio. Nem sempre. Se o adquirente não tomar os necessários cuidados, pode ficar sem dinheiro e sem imóvel por um bom tempo. É que, devido a peculiaridades jurídicas, muitas vezes o devedor, proprietário do bem praceado, ainda pode ingressar em juízo com recursos que atrasam consideravelmente a expedição da carta de arrematação, documento necessário para o comprador registrar o imóvel em seu nome.

Internet só perde pra TV

De acordo com recente pesquisa divulgada pelo Interactive Advertising Bureau, a internet já é a segunda colocada quando se trata de abocanhar verbas de anúncios publicitários no Brasil. Não é para menos, visto que o Ministério das Comunicações garante que até 2014, cerca de 70% dos domicílios brasileiros estarão conectados à web. Quem ganha mais com tudo isso são os portais imobiliários, que vem sucedendo os classificados dos jornais.

Preços assustam

Conforme apontou o índice FipeZap, o valor médio do metro quadrado dos imóveis localizados no Rio de Janeiro e em Brasília ultrapassou a casa dos R$ 8 mil. Especialistas em formação de preços alertam que já superamos os valores praticados em grandes cidades da Alemanha, uma das maiores economias do mundo, com um nível de vida bastante superior ao nosso. Em Frankfurt, o preço médio do m² é de R$ 6,25 mil, e em Hamburgo de R$ 6,5 mil.

Fonte
*Carlos Alceu Machado é advogado especializado em Direito Imobiliário e Empresário do segmento

 

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