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OPINIÃO – Você conhece o seu concorrente?

 

*Por Guilherme Machado

Se todo empreendedor tivesse uma cartilha que direcionasse os rumos do seu negócio, certamente, haveria um capítulo reservado para o estudo da concorrência. Você concorda comigo?

Saber com quem você está competindo e traçar estratégias que o coloquem em posição de destaque perante um concorrente são regras básicas de sobrevivência no mercado.

É notável nas consultorias que realizo que a concorrência é uma preocupação recorrente. Avaliações como “acabou de abrir aqui na região uma empresa que oferece os mesmos serviços que eu”“ a empresa X está aumentando a sua rede de distribuição”ou “meus clientes estão procurando meus concorrentes” são ditas com frequência.

Porém, o que muitas vezes eu percebo nessas mesmas empresas que focam seus esforços no trabalho do concorrente é que o profissional que faz o primeiro atendimento ao cliente não está preparado, que o ambiente do escritório não é adequado ou, ainda, a falta de brilho nos olhos do empreendedor que ele tinha quando abriu o negócio, ou seja, a falta de engajamento e motivação.

Daí eu pergunto: quem é o seu maior concorrente? A empresa que oferece serviços ou produtos similares aos seus ou você mesmo que está tão focado no que o outro está fazendo e se esquece de olhar para dentro do seu negócio?

Muitas vezes, o maior concorrente não é a loja da esquina ou o empresário do bairro vizinho, mas as limitações que impedem o empreendedor de inovar, que o colocam em uma posição “confortável” de vítima na qual é mais cômodo dizer que o outro tem mais dinheiro e por isso pode investir mais e atrair novos clientes.

É bem provável que um novo empreendedor, quando inicia um negócio, tenha muito mais vontade de fazer dar certo do que recursos financeiros. E é essa motivação que faz com que desejos sejam transformados em resultados.

E assim, quando percebemos que estamos perdendo mercado, é importante não só analisar a concorrência externa, mas fazer uma profunda imersão em nossas práticas e processos internos.

E algumas perguntas devem ser feitas como: quais inovações têm sido propostas para o meu negócio? O que fazia os meus olhos brilharem e motivava o meu crescimento? O que marca a experiência do meu cliente comigo ou com a minha empresa? Sei escutar os meus clientes e transformar as informações em diferenciais para o serviço ou produto que ofereço? Qual é o meu diferencial? O que faz o cliente se relacionar comigo?

Perceba que, muitas vezes, é a insatisfação ou as sugestões de um cliente que geram as oportunidades de aprimorarmos as nossas práticas, mas estamos expostos ao risco de ficarmos cegos diante de nossa vaidade comercial e até mesmo pessoal e acharmos que “o que eu faço já é o suficiente ou o que sempre fiz deu certo e não é agora que vou mudar”. Tais atitudes nos limitam e nos impedem de fazer algo novo.

Sendo assim, as preocupações externas são saudáveis e necessárias, pois na análise da concorrência podemos verificar sinais de mudança para o nosso negócio. Contudo, estudar a concorrência e não fazer o “dever de casa” não trará nenhum diferencial competitivo para o nosso negócio.

A concorrência é positiva quando somos capazes de transformar as informações extraídas do mercado em processos construtivos para a empresa, para o empreendedor e para os colaboradores e que servirão de termômetro e instrumento de validação do nosso diferencial.

Fonte
Blog Guilherme Machado
*Guilherme Machado é Administrador com Pós-graduação em Gestão Empresarial

 

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